Networking: conheça sete frases proibidas

Para evitar gafes e mal-entendidos na hora de fazer o networking, o portal Exame.com listou sete frases que, na opinião de Mercelo Derossi, cofundador do Clube do Networking, e de Fabrício Barbirato, diretor executivo do IDCE (Instituto de Desenvolvimento de Conteúdo para Executivos), jamais devem ser ditas.

Confira:

1. “Como é mesmo o seu nome?” 

Uma citação célebre do escritor e orador norte-americano Dale Carnegie (1888-1955) diz que o som mais doce do mundo para uma pessoa é o som do seu próprio nome.

Esquecer e perguntar novamente à pessoa como ela se chama, no meio da conversa, é como passar um atestado de distração e desinteresse. Uma dica para gravar o nome de um conhecido é repeti-lo várias vezes durante o diálogo. Além de facilitar a memorização, esse hábito fará com que o outro se sinta mais reconhecido e apreciado.

2. “Você consegue me arranjar um emprego?”
A regra mais elementar do networking é investir continuamente nas relações profissionais, e não explorá-las pontualmente em troca de um benefício imediato.

Por isso, demonstrar que você só está conversando com aquela pessoa porque ela pode indicá-lo para uma vaga, por exemplo, é um certeiro chute no pé.

3. “Odeio minha empresa / meu chefe/ meus colegas”
Frases do tipo também são um péssimo cartão de visitas em sessões de networking. Quem fala mal do próprio empregador ou equipe soa intolerante e agressivo.

Se a outra pessoa está pensando sobre como seria se vocês trabalhassem juntos, aí se encerram todas as dúvidas: pela acidez das suas críticas, ela entenderá que você não é discreto e ético.

4. “O mercado está cada vez pior”
Por mais que a crise econômica enfrentada pelo país deixe pouco espaço para o entusiasmo, é bom controlar o seu pessimismo em conversas com pares do mercado.

Isso porque pessoas que preenchem encontros profissionais com desabafos e lamentações costumam ficar gravadas na memória alheia com um rótulo negativo.

5. “Você é o máximo”
Ser cordial e cumprimentar o outro pelas suas competências não é proibido, mas é sempre bom moderar o tom e ser sincero.

6. “Eu sou o máximo”
Assim como a bajulação, a vaidade tem efeitos nocivos sobre qualquer relação profissional. Ninguém gosta de pessoas narcisistas: falar apenas sobre si mesmo, descrevendo incessantemente as suas realizações, costuma afastar os outros. É essencial fazer perguntas e demonstrar interesse pela pessoa com quem está conversando.

7. “Podemos voltar a falar de trabalho?”
Graças ao sangue latino, o brasileiro tende a valorizar muito as relações interpessoais, inclusive quando o assunto é trabalho. Assim, o networking só funciona se houver uma conexão informal e subjetiva com o outro.

Por isso, não é recomendável falar apenas sobre temas ligados à carreira e “cortar” as digressões do outro. Contudo, a informalidade não deve tornar o seu discurso vago. Na hora certa será preciso falar com objetividade e clareza sobre as suas intenções profissionais.